“Há o risco dos diretores da Unick Forex terem sumido”, afirma o Procurador da República Celso Tres que está investigando a atuação de empresas suspeitas de esquema de pirâmide e entre elas estão a InDeal, a FX, Speed Cash e a Unick Forex.
A notícia de que o Ministério Público Federal (MPF) iniciou investigação em esquemas de empresas ligadas ao mercado de criptomoedas está causando um alvoroço.
Celso Tres disse que já existe inquéritos em andamento para apurar indícios de materialidade para ação penal, e um inquérito civil para dar embasamento a ação pública que está sendo preparada pelo MPF.
Ao ser perguntado pela equipe de reportagem sobre o fechamento do suposto escritório da Unick Forex na cidade de Crissiumal (Rio Grande do Sul), Celso Tres afirmou:
“O fechamento desse escritório foi porque a empresa não tinha autorização da CVM para captar clientes no Brasil”.
O procurador havia conversado com o delegado da Polícia Civil do município de Crissiumal responsável pela operação, William Garcez, no dia em que o escritório foi fechado.
Celso disse que independente da empresa ter sede em outro país, ela precisa estar autorizada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para captar clientes no Brasil.
“Mesmo que não haja regulação sobre o mercado de criptomoedas, existem regras que devem ser obedecidas”.
As empresas citadas acima, estão sendo monitoradas de muito perto e o Ministério Público Federal está investigando o patrimônio dos diretores dessas empresas. “Eles já adquiriram veículos, imóveis de luxo e muitos se desfizeram desses bens”.
Embora estas empresas trabalhem com criptomoedas e forex, a Unick oferece um produto”, o que não caracteriza a empresa necessariamente como legítima, séria e confiável.
“Os produtos muitas vezes oferecidos por empresas desse tipo são fictícios, apenas para dizer que é multinível. Eles (Unick Forex) oferecem um produto qualquer para dizer que não é pirâmide financeira”.
Celso Tres conta que a InDeal chamou a atenção da Receita Federal ao conseguir arrecadar em investimentos um valor que seria desproporcional ao que ela poderia arcar. “Em apenas um mês essa empresa conseguiu captar mais de R$ 100 milhões em investimentos”.
O procurador disse que não consta o total de capital aplicado na InDeal e isso deveria estar no ato constitutivo da empresa registrado na Junta Comercial do estado do Rio Grande do Sul.
O Procurador alerta que “nenhum tipo de investimento dá um retorno tão alto quanto esses que são prometidos de 15%. As pessoas caem nisso por serem incautas”
Ele, contudo, disse que “há aproveitadores nesse meio também, que sabem do que é o negócio e buscam novos investidores para ganhar em cima desses”.
Celso Tres disse que não é o fato de usarem criptomoedas que tornam uma empresa ilegal, mas sim a forma que elas atuam com promessas irreais de alto retorno financeiro. “Utilizam criptomoedas, mas poderiam ter usado outro objeto como bananas, por exemplo”.
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FONTE: Matéria Transcrita quase que integralmente do portaldobitcon.com