O presidente e fundador da Polishop, João Apolinário não acredita que, após o fim do isolamento social, provocado pela pandemia do novo coronavírus, as vendas presenciais fiquem afetadas.
Em uma live, realizada no último dia 24, pelo portal Geração E. com, ele contou a história da empresa e falou sobre suas expectativas para o fim da quarentena.
Mesmo com tantas mudanças, João acredita que a quarentena não vai alterar a vontade que as pessoas têm de se relacionar com produtos e de ter experiência no ato da compra. “Nada substituirá o atendimento humano”, sentenciou.
Ele contou que sentiu os impactos da pandemia em vários departamentos de sua empresa. “A minha central de distribuição estava trabalhando no eixo de mandar os produtos para lojas.
Na hora que atende o consumidor final, muda a logística”, pontuou. Durante a crise, contou o empresário, a equipe da Polishop vem fazendo reuniões diárias, no final da tarde, em que montam estratégias de resoluções de problemas para o dia seguinte.
Na live, ele também falou sobre a história da empresa, e todos os desafios que encontrou, desde que se lançou no mercado, sem seguir os caminhos do pai, que trabalhava no mercado automobilístico.
“Eu não queria entrar numa disputa em relação ao negócio dele. Meu pai era do mercado automobilístico. Não me via trabalhando nisso”, contou. Mas foi no automobilismo que surgiu a inspiração para criar a Polishop: a dieta do piloto Emerson Fittipaldi, constituída de refeições para perder 7kg em sete dias. “Esse produto foi condenado por dois grandes especialistas de marketing. Eu disse: ‘entendi os motivos, mas não aceito'”, lembrou.
Assim, João apostou na venda do benefício do produto, e não do artefato em si, pois acreditava que tinha de oferecer desejo às pessoas.
“Estava focado no benefício: perda de peso, emagrecimento, desintoxicação do organismo. Produto tem preço, benefício tem valor”, explicou. Entre os anos 1999 e 2000, montou a Polishop e se viu na concorrência com grandes varejistas já existentes.
Em 2003, as primeiras 10 lojas foram montadas. Hoje, esse número já ultrapassa dos 300 comércios físicos, espalhados por shoppings e centros comerciais em todo o Brasil.
O empreendedor contou que aceitou fazer parte do programa, basicamente, por três razões: “Levar uma mensagem diferente do empresário brasileiro, dar o que eu tive do meu pai, uma mentoria, e ter resultados financeiros positivos”, disse.
João usou o momento da live para dar um dos conselhos que dá no programa: os empreendedores precisam aproveitar bem o próprio tempo para estudar o negócio, analisar quais são as suas deficiências e como passar pela crise da melhor forma.
“A crise não traz oportunidade. Ela faz com que você mude o jeito de pensar e o do seu consumidor. É nessa mudança que surgem as oportunidades”, salientou.
Outro ponto abordado na live foi o programa Shark Tank Brasil, reality show que conta com João e outros investidores interessados em dar apoio financeiro a ideias de empreendimento.