Em meio à crise financeira provocada pela pandemia do coronavírus, a venda direta se tornou uma das principais alternativas de fonte de renda dos brasileiros.
Um levantamento feito pela Associação Brasileira de Empresas de Vendas Diretas (ABEVD), entidade que desenvolve e regulamenta o setor, mostra que o segmento apresentou, no mês de julho, um aumento de 38,9% se comparado ao mesmo mês do ano passado.
Também conforme a pesquisa, no primeiro semestre de 2020, as vendas diretas aumentaram cerca de 3% em comparação com o primeiro semestre de 2019. Esse setor foi um dos poucos tipos de comércio que apresentou alta neste ano.
Venda direta configura toda transação comercial que ocorre sem a necessidade de um estabelecimento fixo e sempre tendo a figura de um empresário independente, ou seja, uma pessoa autônoma que faz a sua carreira de empreendedor revendendo produtos e representando marcas.
Nesse mercado, que começou com a revenda de cosméticos e cuidados pessoais, existe uma grande gama de produtos para trabalhar, como artigos para lar, eletroeletrônicos, comidas, bebidas e até alguns tipos de serviços.
O principal sistema que rege o mercado de venda direta é o de marketing multinível.
Uma conversa entre José Paulo Pereira Silva, CEO Grupo Ideal Trends, e Adriana Colloca, Presidente Executiva da ABEVD, observou alguns dos porquês esse tipo de serviço vem sendo tão requisitado nos últimos meses.
Conforme Adriana, o isolamento social aliado à inserção de novos revendedores em busca de uma recolocação no meio profissional foram os fatores principais para o crescimento do setor, que teve um salto de 21% na comparação de novos revendedores entre julho de 2019 e julho de 2020.
“A pandemia foi um momento de florescimento bastante positivo para o mercado de venda direta. As pessoas estão crescendo dentro desse modelo de trabalho. Mas não existem ganhos rápidos e fáceis, é preciso se dedicar e estudar sobre o mercado”, afirmou Adriana.
Para José Paulo, a venda direta é uma oportunidade de ser empreendedor com um custo e risco muito baixo.
“Essa é uma oportunidade de trabalho que vai muito além do trabalho formal. As pessoas buscam a venda direta e o marketing multinível para completar a renda ou até fazer disso uma renda única.
A Anne Caroline Global, uma das minhas empresas, é a primeira empresa brasileira de produtos dermocosméticos inovadores com canal de distribuição através de vendas diretas, com ferramentas digitais 100% automatizadas para potencializar os resultados dos revendedores”, explica.
A Anne Caroline Global é uma empresa consolidada no ramo de dermocosméticos, que visa o empreendedorismo e a construção do negócio próprio.
Oferece produtos de altíssima qualidade na área de dermocosméticos e é capaz de fazer a diferença na vida das pessoas através de seus produtos e serviços.
O canal de distribuição é por meio da venda direta e disponibiliza os seus empresários todo o suporte e treinamento para garantir o sucesso de seu negócio.
Todos podem empreender
Esse modelo de trabalho é acessível a todos. “Para ser um revendedor que trabalha com venda direta basta ter 18 anos e vontade, o resto a gente faz acontecer.
As empresas oferecem treinamentos, tanto em relação ao produto quanto habilidades para trabalhar como vendedor e empreendedor independente”, diz Adriana.
Segundo levantamento da ABEVD, no Brasil são mais de 4,1 milhões de empreendedores de vendas diretas.
Destes, 60% são jovens entre 18 e 24 anos, e 56% são mulheres. “Hoje em dia quase metade dos revendedores são homens.
Por isso observamos que é um mercado muito democrático e, dependendo do produto comercializado, existe uma maior identificação do público que vai vender.
Além disso, todas as empresas estão abertas para novos revendedores, independentemente do nível de escolaridade”, observa.
Alerta para não cair em golpes
Uma das maiores dúvidas da venda direta é a sua relação com o marketing multinível e pirâmide financeira. Isso por que algumas empresas que trabalhavam com o sistema de pirâmide, que é ilegal, mascaravam como sendo de marketing multinível.
Adriana alerta para que a população não caia em golpes. “O mercado de venda direta é muito criterioso, o modelo de negócio deve estar de acordo com a comissão de ética da ABEVD.
O nosso trabalho é promover a venda direta, a sua reputação do mercado e a defender essa indústria.
As empresas que querem trabalhar conosco devem estar com um plano de funcionamento correto para serem nossas associadas.
E eu dou os parabéns para você, José Paulo, pois a Anne Caroline chegou até nós com o planejamento correto e praticamente já pronto”, parabeniza.