O Supremo Tribunal Federal do Brasil decidiu que Carlos Wanzeler será extraditado para os Estados Unidos.
O pedido de extradição foi proferido em audiência no dia 21, com decisão publicada no dia 25.
A possibilidade de Wanzeler (à direita) ser extraditado começou em 2018, quando ele foi destituído da cidadania brasileira.
Por lei, o Brasil não extradita seus cidadãos.
Seguindo um caso precedente, Wanzeler é o segundo brasileiro a ter sua cidadania revogada para enfrentar a extradição.
Desde 2018, Wanzeler luta contra a perda de sua cidadania e a extradição no tribunal.
Wanzeler perdeu seu recurso de cidadania em fevereiro deste ano. Poucos dias depois de perder seu recurso, Wanzeler foi preso sob um mandado dos Estados Unidos.
Em 2014, Wanzeler foi indiciado por uma acusação de conspiração para cometer fraude eletrônica e oito acusações de fraude eletrônica.
As acusações derivam do papel de Wanzeler como co-criador e operador do infame esquema TelexFree Ponzi.
Por decisão unânime do Supremo Tribunal Federal, Wanzeler enfrentará apenas acusações de fraude eletrônica nos Estados Unidos.
A legislação brasileira não reconhece conspiração para cometer fraude eletrônica como um crime.
Parece que Wanzeler esperava ser julgado por crimes do TelexFree no Brasil, onde há uma boa chance de ele receber uma sentença muito mais leve.
O tribunal, entretanto, diferenciou os crimes relacionados à TelexFree que Wanzeler cometeu no Brasil e nos Estados Unidos.
O ministro Ricardo Lewandowski frisou que, embora haja relação entre as denúncias em cada um dos países (Telexfree e forma de atuação do acusado), os fatos investigados não são os mesmos, pois não ocorreram nas mesmas datas e não envolveram as mesmas pessoas.
De acordo com os termos de sua libertação, os Estados Unidos concordaram em não prender Wanzeler por mais de trinta anos. O tempo de Wanzeler sob custódia no Brasil também será diminuído de sua sentença nos Estados Unidos.
Em março de 2017, o parceiro de crime de Wanzeler, James Merrill (à direita, com Wanzeler), foi condenado a seis anos. Esperamos pelo menos o mesmo para Wanzeler.
No momento da publicação, não havia nenhuma atualização sobre o processo criminal de Wanzeler nos Estados Unidos.
Não tenho certeza de qual é o atraso em relação à concessão de uma extradição e extradição de alguém, mas continuaremos monitorando o processo para atualizações.