O conhecido empresário e cofundador da Jeunesse, Ogale “Randy” Ray, abriu um processo de 61 páginas contra 37 indivíduos e entidades, acusando-os de desviar dezenas de milhões de dólares dos seus bens pessoais através de um elaborado esquema de fraude e lavagem de dinheiro. Entre os réus estão Kevin Giguere, atual presidente da Jeunesse, juntamente com Pamela McKinney, seu escritório de contabilidade, e Robert Dawson, ex-diretor jurídico da empresa, apontados como os principais responsáveis ​​pelas irregularidades.

Ray, 83 anos, alega que os “Réus do Crime” aproveitaram-se da sua confiança, especialmente após um acidente vascular cerebral em 2018, para manipular as suas finanças e apropriar-se da sua riqueza. De acordo com o processo, os réus usaram empresas de fachada e contas fraudulentas de distribuidores para transferir fundos para seus próprios bolsos, sob o pretexto de operações legítimas da Jeunesse. Entre os métodos detalhados estão a alteração de documentos corporativos e a coação de Ray a fazer contribuições milionárias sob ameaças de falsas consequências legais.

O documento judicial expõe como o dinheiro foi desviado de contas bancárias pessoais, a venda de investimentos abaixo do seu valor de mercado e a manipulação das comissões dos distribuidores na Jeunesse. Por exemplo, é citado que em 2022, pelo menos 35 milhões de dólares foram transferidos das contas de Ray para a empresa e posteriormente desviados para os réus através de um esquema interno de pontos. Além disso, Dawson é acusado de persuadir Ray a vender a sua participação na empresa a um preço significativamente inferior ao seu verdadeiro valor, ocultando o impacto da fraude nas finanças da Jeunesse.

A situação culminou na venda da Jeunesse para a LaCore Enterprises em janeiro de 2023, uma medida que Ray disse fazer parte de uma estratégia mais ampla dos réus de lucrar às custas de seu patrimônio. O processo também detalha como alguns réus, como Giguere e McKinney, assumiram funções de gestão após a venda, levantando novas suspeitas sobre a continuação de práticas questionáveis ​​dentro da empresa.

O caso gerou amplo interesse na comunidade empresarial e judicial, com mais de 130 entradas em pauta desde seu arquivamento em 1º de outubro de 2024. Enquanto isso, Ray busca recuperar os milhões de dólares supostamente roubados e levar os responsáveis ​​à justiça. A ação inclui acusações de fraude, formação de quadrilha, enriquecimento sem causa e violação do dever fiduciário, entre outras.