Os criadores da Minas Trend, Deivanir Vieira Santos e seu irmão, Devaney dos Santos, continuam ostentando uma vida de luxo, mesmo após um suposto golpe, enganando milhares de pessoas no Brasil.

Ambos são suspeitos de sumir com o dinheiro dos investidores da Midas Trend, empresa que operava com bitcoin e criptomoedas com promessas de rendimento de até 4% ao dia.

Acusada pelos investidores de pirâmide financeira, a empresa surgiu em 2019 e, segundo informações, o rombo estimado para os clientes é de R$55 milhões. 

Os irmãos estão “desaparecidos” desde o final de 2019, quando a suposta pirâmide financeira começou a quebrar e os clientes pararam de receber.

Entretanto, Devanir sempre faz live divulgando novidades e promessas vazias. Devaney agora se apresenta como pastor e “coaching financeiro” em seu Instagram.

A empresa dizia que o dinheiro dos clientes foi roubado por hackers, em outubro de 2019, e que não ia conseguir pagar mais ninguém.

Em março, os criadores da pirâmide prometeram pagar rendimentos em Bitcoin para os clientes e processar blogs e Youtubers que “falaram da empresa em algum momento”.

O presidente da Midas possui outras duas ocorrências, e teria liderado a famosa pirâmide Bbom, de acordo com vídeo de 2013.

Segundo a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a Midas não possui registro junto à Autarquia e não estava autorizada a oferecer investimentos. 

Em nota, o advogado que representa a empresa disse que “a Midas Trend é sim uma empresa idônea que realiza serviços de gestão e intermediação. Dessa forma, pirâmide financeira não cabe a Midas”. 

Normal que o advogado que representa a Midas, negue as acusações. Normal que os piramideiros que lá estão, acreditem em papai noel. Normal que a Midas 2.0 consolide novo golpe. A prova disso é que os donos do esquema estão foragidos.

Anormal, é a lentidão da justiça em prender os criadores destes esquemas e os líderes que agem de forma solidária.

No entanto, muito em breve, não se surpreenda se criadores de piramides, foragidos em Dubai e escondidos na Europa e em outros cantos do mundo, não sejam extraditados por acordo entre os países, principalmente, Brasil e Emirados Arabes.