A pandemia transformou os hábitos de consumo. O isolamento social e a quarentena tiveram como uma das suas consequências, o aumento significativo do número de consumidores online: o varejo passou de uma média de 5,1 milhões de consumidores mensais para 8,9 milhões no mês de julho.
Se compararmos com os primeiros sete meses de 2019, o crescimento chega a ser superior a 50% na América Latina. Os números constam de uma pesquisa da PayU, fintech e divisão de pagamentos digitais da Prosus.
O levantamento foi feito nos primeiros sete meses do ano. Segundo a PayU, foram processados mais de 120 milhões de transações de cerca de 21 milhões de consumidores em mais de 25 mil estabelecimentos em sua base.
As grandes varejistas conseguiram se adaptar rapidamente aos desafios da pandemia. Elas passaram de um faturamento mensal médio de US$ 19 milhões antes da Covid-19 para US$ 120 milhões, o que representa um crescimento superior a 500%.
Da mesma forma, serviços de delivery se tornaram um forte apoio para os consumidores e comércios, registrando crescimentos acima de 100% em comparação ao mesmo período de 2019 (janeiro a julho).
Ainda segundo a pesquisa, outras categorias que apresentaram crescimento, pois o comércio eletrônico ajudou a equilibrar o impacto nas vendas diante do fechamento obrigatório de estabelecimentos físicos não-essenciais foram:
• Marketing multinível: setor se adaptou com sucesso para atender a demanda durante a pandemia e teve um crescimento sustentado a partir de março, permitindo renda adicional para novos empreendedores e pessoas que perderam seus empregos;
• Utensílios domésticos: registrou crescimento superior a 200% depois de maio;
• Moda: aumento médio mensal de 100% em comparação com o ano anterior;
• Streaming: os períodos de isolamento em casa levaram a um aumento no consumo de entretenimento online, com crescimento mensal médio de 100% em comparação ao mesmo período de 2019;
• Telecomunicações: promoveu suporte vital à maioria das atividades econômicas e cresceu até 60%;
• Varejo: na transição das vendas físicas para as virtuais registrou um crescimento significativo desde maio, mês em que se iniciou a flexibilização das restrições de mobilidade em alguns países da região.