Essa é uma questão polêmica.
Por um lado, as empresas irão sempre tentar exigir exclusividade. E porque?
– Elas temem que o empreendedor ao fazer duas empresas, percam o foco;
– Possuem receito em perderem empreendedores para outra cia;
– Acreditam na queda de venda e consumo;
– Acreditam que a rede pode ficar confusa uma vez que a empresa não vai ser a única referência;
– Irá ocorrer turnover se alguém da rede, ganhar mais dinheiro com outra empresa;
– Acreditam em problemas de relacionamento junto a crosslines que ficarão inseguros em participarem do mesmo evento em que empreendedores que fazem outra(s) empresa(s) temendo assédio.
Algumas empresas como a Herbalife, exigem que os qualificados ao nível de GET (acima) assinem contrato de exclusividade.
Ocorre que o empreendedor ao assinar contrato e fornecer seu PIS, atua como distribuidor independente. Por isso, não cria vínculo trabalhista.
Observando o modelo de venda direta, a Natura não pode exigir que consultoras não trabalhem com outras marcas. O que interessa pra ela, é que as vendas aconteçam regularmente. A Natura possui mais de 1,4 milhões de mulheres na rua que muito provavelmente também vendem Avon ou Jequiti.
A empresa sim, deve ser competente, em ganhar distribuidores e mantê-los, gerando a maior fidelização possível.
Exigir fidelidade porque ela concede desconto, não justifica penalizar o empreendedor, uma vez que ele vende, utilizando seu telefone, seu carro, sua alimentação, em troca do percentual, bônus e prêmios por sua dedicação e trabalho.
Algumas empresas excluem IDs e empreendedores, de forma unilateral e totalmente injusta, quando estes se cadastram em outras empresas.
Pensando como empresa, imagine o cenário de guerra se empreendedores cadastrados em diferentes empresas resolverem prospectar outras pessoas de outras redes para outro multinível?
O conceituado advogado, especializado em Marketing Multinível, Dr. Arnaldo Silva diz: “Com minha experiência de mais de 28 anos neste segmento, não acho que seja possível desenvolver mais de uma empresa. Vejo líderes se posicionando nas empresas estrategicamente, mas não desenvolvendo. Não conheci ninguém que tenha sucesso em mais de uma empresa. Estou acompanhando pessoas e percebo que elas não transmitem credibilidade e não se dão bem em nenhuma. É preciso ter comprometimento, foco, acreditar na empresa e na proposta para envolver outras pessoas”.
Martinelly Santos, Vice presidente da Sion Boulevard se diz conservador. “Ninguém consegue servir a dois senhores ao mesmo tempo, porque servindo um aborrece o outro. E como este negócio convergem para resultado financeiro, as empresas acabam sendo concorrentes diretas. Não pelo produto, mas pelo resultado. Por isso, as pessoas colocarão mais dedicação onde conseguem melhor resultado. Acredito que o foco é fundamental. Grandes lideres estão construindo fortuna porque trabalham com uma só empresa”.
Clarel Lopes, fundador e CEO da AGR Now, diz: “É possível sim desenvolver duas empresas, porém não vai se fazer bem nenhuma. É preciso envolvimento. Casamento é com uma só. É preciso escolher uma para fazer carreira e construir o sucesso desejado.
Agora vamos entender o pensamento do Empreendedor como a Claudia Janicia:
– Ele é um consumidor profissional que compra produtos ou serviços mais barato, porque pagou uma quantia para ser distribuidor independente;
– Sendo um consumidor profissional, pode comprar os produtos que desejar, com desconto e montar a rede para obter renda extra e residual;
– Se a empresa trabalha com perfumes e cosmético, ele entende que pode comprar comida em outra empresa de MMN, caso a empresa dele, não ofereça este tipo de produto.
– Ele pensa na complementariedade. Ou seja, ele vai comprar e montar rede em empresas que não concorram entre sí.
– Com este pensamento e multiplicidade, terá diferentes fontes de renda, sem prejudicar as empresas que escolheu empreender.
O fato é que este assunto ainda vai dar muito pano pra manga, mas a tendência, é que os empreendedores, possam atuar livremente, como nos EUA.
Mas vale ressaltar, que até que se prove o contrário, não se deve subir em dois palcos.