Hoje, já são mais de 4,4 milhões de vendedores ativos em todo o Brasil

O segmento da “venda direta”– quando o vendedor vai até o comprador para oferecer seu produto, sem intermediação de lojas ou pontos de vendas –  continua em franco crescimento. Isso graças à transformação digital que sofreu, o que fez com o que o setor registrasse crescimento mesmo em meio à pandemia, quando quase todos os outros tiveram retração.

De acordo com a Associação Brasileira de Empresas de Venda Direta, o setor responde hoje por mais de 4,4 milhões de vendedores ativos em todo o país. O faturamento supera US$ 8 bilhões de dólares ao ano (cerca de R$ 42 bilhões no câmbio de 11/2), estima a entidade.

As empresas de cosmético lideram o negócio, no modelo porta-a-porta, no qual o vendedor vai até a casa dos clientes. Mas esse formato está mudando e assumindo cada vez mais a apresentação de “social-selling”, ou seja, a venda através das redes sociais.

“Com o desemprego em 11,6% e a taxa de informalidade crescendo, sendo 38,6 milhões de trabalhadores informais no país, há muitas pessoas precisando de uma fonte de renda, extra ou não, e esse cenário conversa diretamente com as empresas que querem manter a atividade e a margem de lucro”, destaca a presidente executiva da ABEVD, Adriana Colloca.

A ABEVD tem estudos apontando que 20,6% das vendas do setor acontecem através da internet, 18% são pelo WhatsApp e outros 14,9% através das redes sociais. “O sonho de empreender está entre os quatro maiores do brasileiro, e a venda direta é um começo seguro, pois o empreendedor trabalha com marcas consolidadas no mercado”, diz Adriana Colloca.

Em todo o país, conforme a ABEVD, os produtos de saúde e nutrição representam 3% dos negócios do setor. O ramo que lidera o ranking das “vendas diretas” é o de “cosméticos e cuidados pessoais”,com 52% das transações.