A empresa 18k chegou ao mercado com a uma proposta surpreendente de comercialização de relógios que viraram febre entre os jogadores de futebol de todo o mundo. Ingressando no MMN, adotou inicialmente o nome 18k Ronadinho, dado o contrato mantido com o atleta, porém recentemente decidiu voltar às suas origens.
Marcelo Lara, presidente da empresa, decidiu seguir seu projeto mantendo seu marketing multinível e seu plano de negócios, atualmente com uma gama maior de produtos, porém sem mais contar com a figura do jogador de futebol Ronaldinho Gaúcho.
A decisão de encerramento do contrato era uma ideia já em discussão há duas semanas, quando Marcelo Lara reavaliou os efeitos positivos e negativos da vinculação da imagem do Ronaldinho à sua empresa.
“Sou muito amigo e parceiro, do Ronaldinho e do Assis que é seu irmão e empresário, mas tive que colocar um ponto final na parceria. O Ronaldo vem usando sua imagem em vários negócios de diferentes setores e, inclusive, teve sua imagem associada a uma pirâmide fora do Brasil que muita gente acabou confundindo com a 18k. No Brasil, houve uma operação que também foi motivo de pronunciamento por parte da CVM e que infelizmente também gerou confusão com nossa marca, que não tem nada a ver com aquele negócio. Não estava valendo a pena pagar royalties para uso da marca. Mas claro que sou grato aos amigos Ronaldo e Assis. A parceria comercial acabou, mas a amizade continua”, declarou Marcelo. “Recentemente um veículo de comunicação publicou uma matéria falando da saída do Ronaldinho de forma totalmente sensacionalista e equivocada”, afirma.
Não haverá mudanças no plano da empresa, porque o negócio está crescendo muito bem e a rede demonstra satisfação no desempenho da empresa, de seus executivos e líderes. Marcelo, contudo, garante que surpreenderá o mercado com grandes novidades em breve.
O fato a se considerar é que a 18k nunca atrasou bônus, está com suas contas e impostos em dia e tem possui um negócio legítimo lastreado em produtos, onde as pessoas compram relógios e demais produtos e, em contrapartida, recebem bonificações pela equipe que montam, com direito, inclusive, a bônus sobre os resultados que a empresa obtêm investindo em diversos segmentos. A empresa esclarece que todos seus investimentos são feitos exclusivamente com capital próprio auferido perante o mercado através da venda de seus produtos.
O responsável pela área jurídica da empresa, o advogado especialista em marketing multinível Gabriel Villarreal, da banca Villarreal Advogados, destaca que a empresa não responde a processos perante qualquer órgão ou instância. “A 18k não foi notificada por nenhuma autoridade para prestar qualquer esclarecimento. Desconhecemos a existência de processos”, aponta Villarreal. Afirma, ainda, que “a empresa trabalha com produtos em sistema de marketing multinível e que qualquer valor pago pela rede diz respeito à aquisição de tais produtos, não existindo no modelo de negócios a possibilidade de pagamento de valores sem contrapartida em produtos”.
Perguntado acerca dos boatos envolvendo a Comissão de Valores Mobiliários – CVM, Villarreal foi categórico: “A 18k não é uma empresa de investimentos porque não capta recursos alheios para investir. A 18k realiza suas operações com criptomoedas exclusivamente com capital próprio e opta por bonificar sua rede com parte de seus resultados para dividir seus ganhos e fortalecer o trabalho de seus líderes. A CVM já se manifestou sobre as criptomoedas reconhecendo que não são valores mobiliários, ou seja, não se submetem ao poder regulatório da referida instituição”.