A Polícia Civil de Santa Catarina mandou de volta para a cadeia na quinta-feira (01) um dos maiores divulgadores da pirâmide financeira Telexfree.

A ação, que faz parte da 3ª fase da Operação Faraó, ocorreu nos municípios de Itajaí e Videira.

Segundo a polícia, um dos acusados deveria cumprir prisão domiciliar no Meio Oeste catarinense, mas foi encontrado no município de Videira, que fica a 450 km da capital, Florianópolis.

“Ele saiu do Meio Oeste para o Litoral para que conseguisse novos investidores, novos clientes que passariam a se tornar vítimas futuramente”, disse o delegado Eduardo Defaveri no jornal Cidade Alerta, transmitido pela rede NDTV de Florianópolis.

De acordo com os resultados da operação, um dos investigados teve apreendidos cerca de R$ 8 mil, 3 notebooks, 2 computadores, 4 celulares, 3 quadros de luxo, uma espingarda calibre 22, um drone, entre outros bens. Segundo a polícia, houve ainda um imóvel sequestrado.

“A partir de agora as investigações continuarão para analisar os objetos apreendidos e promover o confronto das informações até então obtidas”, afirmou na nota, o delegado.

Segundo ele, uma das pessoas detidas não conseguia mais angariar investidores porque estaria marcada na região Meio Oeste.

Além de conhecido suspeito, outra pessoa foi presa preventivamente e teve apreendidos três celulares, notebook e dinheiro. Segundo a polícia, ele está à disposição do Judiciário e do Ministério Público.

Não há confirmação de que seja a mesma pessoa, mas Clair Berti havia sido preso em setembro, com uma quantia de R$ 105 mil.

O dinheiro foi encontrado dentro de caixas, de calçados e até dentro do estojo de um violino. No entanto, por questão de saúde, sua prisão foi convertida em regime domiciliar, mediante uso de tornozeleira eletrônica.

Além da Telexfree, ele teria atuado em outras fraudes, como a Bbom e Click Dreams, por exemplo.

De acordo com seu histórico na Justiça, Berti é parte de vários processos que envolvem a Telexfree desde que o golpe veio à tona ainda em 2013. Como líder, ele foi um das maiores divulgadores do esquema.

No Brasil, a Telexfree era comandada por Carlos Costa; nos EUA, parcialmente por Carlos Nataniel Wanzeler, que no passado renunciou à sua cidadania brasileira.

Em maio deste ano, a Justiça Federal do Espírito Santo condenou Carlos e Wanzeler a 12 anos e 6 meses de prisão por crimes contra o sistema financeiro.

Na semana passada, o STF autorizou a extradição de Wanzeler para o solo americano atendendo a um pedido do governo. Lá ele poderá ficar na prisão por até 30 anos.