A busca pela economia na conta de luz e a adoção de fontes de energia verde têm impulsionado um novo modelo de negócio no Brasil: assinatura para consumo de energia fotovoltaica (solar).

Como funciona? O termo técnico da “energia solar por assinatura” chama-se geração compartilhada. Na prática, o modelo permite que o consumidor crie uma fonte de energia renovável, como uma placa solar e compartilhe com outras pessoas.

Por exemplo: uma família ou qualquer grupo de pessoas podem instalar placas solares, conectá-las às casas umas das outras, dividir os custos e baratear a conta de energia para todo mundo.

Apesar disto, nem todas as construções têm estrutura ou dinheiro para a instalação e a manutenção. É aí que entram as empresas, que seriam o “Netflix da energia”.

Nos últimos anos, elas criaram “fazendas de energia solar”. Ou seja, campos com painéis solares em áreas onde há pouca sombra e muito sol. A partir daí, a energia gerada é compartilhada entre os moradores próximos e beneficia quem está longe.

O assinante que está distante da fazenda pode comprar um “pedaço” da energia solar da fazenda. A fatia, então, é usada para abater e diminuir as contas de luz que chegam todo mês.

Além disto, os assinantes são isentos das bandeiras tarifárias, quando o valor da energia aumenta pela diminuição das chuvas e uso de termelétricas. São as chamadas bandeiras verde, amarela e vermelha.

O modelo de energia compartilhada foi criado em 2012 e aperfeiçoado em 2015, em um momento em que a geração solar no Brasil não crescia no ritmo que poderia, considerando o potencial do país.

Até então, a Alemanha havia sido a primeira a adotar este sistema, que se espalhava pelo resto da Europa e Estados Unidos. 

Neste sentido, a experiência internacional foi fundamental, pois serviu de modelo e pautou as audiências públicas que discutiram a resolução normativa 687/2015, que regulamenta a geração distribuída.

A limitação de geração de energia própria é de 5 megawatts, determina a instituição, que também isenta as bandeiras tarifárias de quem compartilha. Até aquele ano, a prática não era regulamentada pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) e só em janeiro de 2022 que foi regulamentada pela Lei federal 14.300.

O termo “energia por assinatura” foi criado para facilitar o entendimento da energia compartilhada entre os consumidores. A empresa Igreen Energy, criada em 2021, identificou a tendência do consumidor em pagar por serviços digitais streaming, como Netflix e Amazon, cujo atrativo é a facilidade de assinatura e cancelamento.

“Não tem uma taxa de cancelamento (no nosso serviço), nem de adesão e o contrato não tem prazo”, explica Thiago Alexander, presidente e cofundador da empresa. O contrato pode ser feito inteiramente pela internet.

A falta de cabos ou instalações que exigem reformas são outra semelhança com o streaming, garante Gilmar Félix, Licenciado da Igreen, já que o assinante compra uma espécie de crédito de energia solar.

Todo mês, os créditos comprados são usados para abater os gastos obrigatórios da concessionária  de energia. Os custos padrões e impostos são aqueles cobrados até para imóveis vazios ou quando os moradores estão de férias.

A empresa então, começa a enviar a energia para a estatal que representa em média 85% da energia consumida no mês, e enviará o boleto com o valor, mostrando na fatura a economia que o cliente teve. A soma das taxas obrigatórias e a compra do crédito com a Igreen, a economia vai ser de 10 até 15%, em períodos de bandeira vermelha esse percentual pode ser ainda maior.

Segundo a Igreen, mais de 5 milhões de reais foram economizados em 9 meses com a operação em 4 estados (MG, GO, MT e MS). A empresa tem mais de 26 mil assinantes e vai expandir nos próximos 90 dias para mais 4 estados (DF, SP, RJ e PB) e até o fim deste ano serão 11 estados atendidos pela empresa com a “energia verde”, a meta parece ser ousada, mas  queremos atender todo o Brasil até o final de 2023, afirma Amanda Rodrigues Durante, CEO da Igreen Energy.

Segundo Guilherme Susteras, coordenador do grupo de trabalho de geração distribuída da Absolar, associação representante do setor, dados internacionais indicavam que entre os consumidores que não tinham acesso à energia solar, 75% não a possuíam por questões financeiras (como a falta de dinheiro para investir em uma unidade geradora) e técnica como, por exemplo, consumidores que vivem em imóveis alugados, condomínios ou em locais sem estrutura para suportar a instalação do sistema solar.

Agora com a Igreen Energy, todos poderão usar uma energia limpa, renovável e sustentável, e ainda economizar até 15%. Se o consumidor quiser ter uma economia maior ainda, pode indicar outros clientes e receber cashback de 2% em créditos de energia renovável  até zerar sua conta de energia, afirma Wilson Silveira, Licenciado Igreen.

Caso tenha se interessado em ter essa economia ou ser um Licenciado Igreen, acesse o Instagram @somosigreen e faça parte desta onda verde.