Um avião comprado pelos donos da Wall Street Corporate, sediada em Brasília que vendia a moeda virtual falsa Kriptacoin, foi encontrado em Goiânia.
A aeronave foi adquirida, segundo fontes da TV Globo na Justiça, por R$ 3,6 milhões obtidos com o esquema de pirâmide financeira.
A organização criminosa que comercializava a Kriptacoin foi desarticulada pela Polícia Civil do DF na última quinta-feira (21), quando foram presos 11 suspeitos no DF e na capital goiana.
Segundo a polícia, eles devem ser indiciados por estelionato, organização criminosa, lavagem de dinheiro e uso de documento falso.
A Operação Patrik apurou que o esquema movimentou R$250 milhões a partir de investimentos de cerca de 40 mil vítimas. Esta e outras duas empresas também foram alvo da operação. Em Goiânia, um dos alvos é o administrador de uma dessas empresas e tem passagem na polícia por tráfico e falsificação de documentos.
A compra teria sido feita em nome da Royal Family, empresa de fachada criada pelo mesmo dono em Brasília, que também aplicava golpes com cartões clonados. De acordo com a investigação, a empresa comprava perfumes e ingressos de festas para revenda.
De acordo com os advogados de uma empresa de Goiânia que vendeu o avião, o financiamento ocorreu com entrada de R$ 1,8 milhão em dinheiro e cheques de R$ 124 mil. Em acordo com o Ministério Público do DF, os advogados concordaram em depositar o valor da entrada em uma conta judicial para restituir pessoas que investiram na falsa moeda.
O avião era usado semanalmente para viagens de divulgação da Kriptacoin, tendo passado pelo Rio de Janeiro, Espírito Santo, Piauí, Goiás, Maranhão e Minas Gerais. A última viagem foi feita no dia 17 de setembro, segundo fontes da TV Globo.
As apurações também revelaram que o esquema funcionava com divisão de tarefas e que contava com falsificadores de documentos. Além disso, as três empresas que vendiam o serviço, alvo da operação, estão em nomes de “laranjas”, cujo patrimônio declarado não condiz com as movimentações financeiras.
Fonte: DPF