Os dois fundadores da Telexfree, Carlos Nataniel Wanzeler e Carlos Roberto Costa, que enfrentam acusação nos Estados Unidos por terem criado e operado um dos maiores esquemas de pirâmide financeira do mundo, lesando mais de um milhão de pessoas, foram condenados a 12 anos e 6 meses de prisão, pela Justiça Federal do Espírito Santo.
Ambos continuarão presos em regime fechado. Costa terá que arcar com o pagamento de 512 dias de multa diária de R$ 2 mil, que totalizará R$ 1,02 milhão ao final do pagamento. Já Wenzeler terá que pagar R$ 3 mil por dia, o que totalizará R$ 1,53 milhão.
Além da condenação e multas, os réus terão que pagar R$ 6,4 milhões em favor da União.
Eles também perderam, na Justiça, todo os patrimônio obtido de forma irregular por conta de operações da Telexfree.
A Telexfree atuava como uma instituição financeira, porém sem as devidas autorizações legais. A empresa administrava os recursos de terceiros por meio de processos fraudulentos. Entre 2012 e 2014, ela operou no Brasil por intermédio da Ympactus Comercial.
A Telexfree em teoria, mexia com negócios de telefonia móvel. Assim, a pessoa interessada pagava uma taxa de adesão de US$ 50, se tornava um divulgador e, em seguida, revendia os pacotes para outros usuários.