Operação da Polícia contra pirâmide encontra bunker de 3 andares e R$ 25 milhões

A Policia Civil do Rio Grande do  Sul, cumpriu 12 mandados de busca e apreensão e prisão preventiva nesta sexta-feira em cinco cidades.

Trinta agentes da Policia, das cidades de Taquara, Igrejinha, Rolante, Porto Alegre e Santo Antônio da Paraíba, participaram da Operação.

O esquema contava com atores contratados, que atraiam investidores em simulações de compra de imóveis para posterior divisão dos lucros.

Na verdade os golpistas, investiam na Bolsa de Valores e em criptomoedas.

A Policia chegou num sitio, em Taquara (RS), cercado por muros altos, equipamentos de vigilância e cerca eletrica, avaliado em R$3 milhões, tinha carros de luxo, piscina com borda infinita e até um “bunker” de três andares abaixo do solo, no exato momento em que acontecia uma festa, mesmo com necessidade de isolamento social.

Trinta veículos e 34 imóveis foram usados para a lavagem de dinheiro.

O Delegado Ivanir Caliari,  que investigava o esquema, identificou remessas financeiras à para uma facção criminosa, que atua com tráfico e roubos, baseada no Vale dos Sinos.

“Acreditamos que o ‘bunker’ faça parte desta ligação para esconderijo, bem como para guardar produtos de roubo, dinheiro, armas ou drogas”, diz Caliari.

Mentores do esquema foram presos

Um dos mentores do golpe foi preso no município de Taquara, e outro no bairro Petrópolis, zona norte de Porto Alegre, que encontrou e qualificou 15 participantes da organização.

Segundo Caliari, os criminosos “marcavam reuniões, em alguns casos até viagens, e contratavam atores para se passarem por representantes dessa empresa de consórcios, com crachá e tudo mais”. O objetivo era conquistar a confiança dos investidores.

Depois, eles fingiam que o imóvel havia sido adquirido à vista por preço até 20% inferior ao ofertado inicialmente.  “Como já havia comprador garantido, inclusive com carta de consórcio de uma grande empresa, o imóvel era vendido pelo preço de mercado e o lucro obtido dividido entre os investidores”, aponta a matéria.

O Delegado informou que nenhum negócio era realmente concretizado.

A Policia Civil não divulgou o nomes dos criminosos e o nome da empresa, pois ainda existe uma investigação sendo feita.